sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Não existem ciências exatas e menos exatas

Acabei de ler num teste de um aluno que a filosofia é uma ciência não exata. Serve este post para esclarecer que esta ideia é incorreta.
Ocasionalmente lemos em alguns textos a distinção entre ciências exatas e ciências não exatas. Ora, isto está errado. Não existem umas ciências mais exatas e outras menos exatas. Seria muito menos errado se falássemos apenas em ciências e que todas são exatas. Mas isto também não é inteiramente correto já que a filosofia não é uma ciência e nem por isso podemos afirmar que não é exata. Portanto, a designação ciências exatas é desadequada. A ciência opera por elaboração de teorias após pesquisa que são sujeitas a testes da experiência. Se resistirem aos testes, então as teorias vão sendo corroboradas. Os testes são a prova dos nove das teorias científicas. São científicas as teorias que mais resistem aos testes empíricos. E é por esta razão também que a filosofia não é uma ciência, já que a natureza dos problemas filosóficos não permite este tipo de teste empírico.

Mas daí não se segue que a filosofia não seja exata, ou que seja menos exata que uma ciência. As melhores teorias para resolver um problema em filosofia são aquelas que resistem ao teste das objeções e contra argumentação. Enquanto resistem são boas teorias. Acontece que, ao contrário das ciências, na filosofia conseguimos para um mesmo problema ter duas teorias diferentes que resistem muito bem a objeções. Isto sucede porque os problemas da filosofia são muitas das vezes mais difíceis de obter resultados.

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